Gravar um projeto no computador traz uma infinidade de vantagens em relação às velhas fitas, porém toda essa versatilidade nos impõe um novo planejamento da produção. Combinando pistas de áudio e MIDI podemos dispor de todos os instrumentos e vozes de que precisamos para nossas músicas, mas esta liberdade não pode se traduzir em mera improvisação. Vamos, então, definir os passos de nosso projeto para, nos próximos artigos, conhecer os detalhes de sua execução.
Usemos como exemplo uma canção pop com voz, vocais de apoio, violão, guitarras, piano, baixo, bateria, percussão e uma orquestra de cordas ao fundo.
No processo tradicional de gravação, isto seria uma produção de bom tamanho. Num estúdio de grande porte seriam acomodados os músicos da orquestra (20 a 30), os músicos da banda e os cantores. Junto a eles, o produtor, o arranjador, o operador e os assistentes. Seriam usadas algumas dúzias de microfones através de uma mesa de centenas de milhares de dólares e tudo seria armazenado em um ou dois gravadores de rolo de 24 pistas. Este material então seria mixado em estéreo e gravado num rolo de meia polegada. Mais tarde, esta fita seria copiada no processo industrial, para a prensagem dos discos numa fábrica.
Hoje esta é apenas uma opção, indiscutivelmente mais sofisticada. Com um poder de fogo comparável, milhares de estúdios caseiros chegam a resultados competitivos. Combinando o seqüenciamento dos teclados MIDI soando como as cordas, piano, bateria e outros com a gravação do áudio das vozes, guitarras e percussão, o estúdio híbrido é usado pelos mais iniciantes e os mais profissionais. Seu custo pode chegar a menos de um por cento do investimento em um estúdio de áudio de grande porte.
E como vamos realizar a façanha de produzir a tal canção do exemplo com um estúdio que mais parece um brinquedo? Com uma mesinha de boa marca (8 ou mais canais), um computador atual, uma placa de som para gravação de duas ou quatro entradas e oito saídas, uma placa MIDI, um bom sintetizador multitimbral e um ou dois microfones.
Primeiro, vamos programar a bateria no seqüenciador do PC, usando os sons de bateria do sintetizador. Para isto, tocamos num teclado ou outro instrumento controlador MIDI. Podemos ainda “tocar” com o mouse na tela de edição piano-roll. Gravamos primeiro um esqueleto, quase uma caricatura da música, mas com a forma e o andamento definidos. Podemos também gravar o som de um violão-guia ou seqüenciar um piano-guia, para definir a harmonia, enquanto rodamos um loop (ou pattern), que é um compasso de bateria que fica se repetindo. Indispensável, também, é uma voz guia, que pode ser a sua, a minha ou de qualquer um que conheça bem a letra e a melodia da canção. A partir deste monstrengo é que vamos começar a registrar os instrumentos e vozes a sério.
Já temos um roteiro sonoro completo. Agora, é só vestir a canção com os instrumentos e as vozes do arranjo. Vamos gravar o som das vozes, do violão e da guitarra, fáceis de captar e difíceis de seqüenciar. O baixo pode ser gravado ou seqüenciado. E vamos seqüenciar a bateria, o piano e a orquestra de cordas, que são instrumentos de captação complexa, cara e que, bem seqüenciados, podem soar muito bem em vários estilos musicais.
Feito o planejamento e o esqueleto inicial, o ideal é começarmos programando a bateria. Assim, demarcamos as partes da música. Depois, acrescentamos os instrumentos de harmonia funcional, como piano, violão e guitarra. O baixo, neste caso, pode ser feito após a gravação de outro instrumento harmônico. Seqüenciar um baixo eletrônico ou gravar o áudio do baixo elétrico depende do estilo e da conveniência. Em seguida, gravamos a voz principal, os vocais de apoio e, por fim, os solos e efeitos de acabamento.
É natural que, num ambiente com toda essa liberdade, o arranjador experimente à vontade novas idéias para o arranjo. Qualquer pista gravada que não agrade pode ser rapidamente apagada com a tecla delete. As pistas-guia gravadas preliminarmente com a harmonia e a voz vão sendo apagadas à medida que gravamos as versões definitivas desses instrumentos e vozes.
A seguir, editamos todo esse material, tanto as pistas de áudio quanto aquelas com a programação MIDI. Assim, otimizamos as performances instrumentais e vocais, dando um grande realce às interpretações. Trabalhando geralmente num só programa, o produtor tem ali todos os recursos de gravação e processamento do áudio, bem como de seqüenciamento e edição dos eventos MIDI.
A mixagem, em pleno ano dois mil, ainda é melhor realizada numa mesa externa ao computador do que dentro dele. Especialmente pelo fato de que não temos o áudio gravado dos teclados MIDI: eles tocam ao vivo junto com a gravação, sequüenciador e gravador perfeitamente sincronizados num único programa. Trazemos à mesa as saídas da placa de som e do sintetizador. Na mesa, fazemos a mixagem, que vai ser gravada em estéreo no próprio PC.
Passamos à etapa de pré-masterização, com o acabamento final do material estéreo, e gravamos o(s) CD(s) no próprio computador. Com a Internet, podemos ainda divulgar e distribuir o disco. E tiramos quantas cópias quisermos: não dá para piratearmos nossa própria música.
Usemos como exemplo uma canção pop com voz, vocais de apoio, violão, guitarras, piano, baixo, bateria, percussão e uma orquestra de cordas ao fundo.
No processo tradicional de gravação, isto seria uma produção de bom tamanho. Num estúdio de grande porte seriam acomodados os músicos da orquestra (20 a 30), os músicos da banda e os cantores. Junto a eles, o produtor, o arranjador, o operador e os assistentes. Seriam usadas algumas dúzias de microfones através de uma mesa de centenas de milhares de dólares e tudo seria armazenado em um ou dois gravadores de rolo de 24 pistas. Este material então seria mixado em estéreo e gravado num rolo de meia polegada. Mais tarde, esta fita seria copiada no processo industrial, para a prensagem dos discos numa fábrica.
Hoje esta é apenas uma opção, indiscutivelmente mais sofisticada. Com um poder de fogo comparável, milhares de estúdios caseiros chegam a resultados competitivos. Combinando o seqüenciamento dos teclados MIDI soando como as cordas, piano, bateria e outros com a gravação do áudio das vozes, guitarras e percussão, o estúdio híbrido é usado pelos mais iniciantes e os mais profissionais. Seu custo pode chegar a menos de um por cento do investimento em um estúdio de áudio de grande porte.
E como vamos realizar a façanha de produzir a tal canção do exemplo com um estúdio que mais parece um brinquedo? Com uma mesinha de boa marca (8 ou mais canais), um computador atual, uma placa de som para gravação de duas ou quatro entradas e oito saídas, uma placa MIDI, um bom sintetizador multitimbral e um ou dois microfones.
Primeiro, vamos programar a bateria no seqüenciador do PC, usando os sons de bateria do sintetizador. Para isto, tocamos num teclado ou outro instrumento controlador MIDI. Podemos ainda “tocar” com o mouse na tela de edição piano-roll. Gravamos primeiro um esqueleto, quase uma caricatura da música, mas com a forma e o andamento definidos. Podemos também gravar o som de um violão-guia ou seqüenciar um piano-guia, para definir a harmonia, enquanto rodamos um loop (ou pattern), que é um compasso de bateria que fica se repetindo. Indispensável, também, é uma voz guia, que pode ser a sua, a minha ou de qualquer um que conheça bem a letra e a melodia da canção. A partir deste monstrengo é que vamos começar a registrar os instrumentos e vozes a sério.
Já temos um roteiro sonoro completo. Agora, é só vestir a canção com os instrumentos e as vozes do arranjo. Vamos gravar o som das vozes, do violão e da guitarra, fáceis de captar e difíceis de seqüenciar. O baixo pode ser gravado ou seqüenciado. E vamos seqüenciar a bateria, o piano e a orquestra de cordas, que são instrumentos de captação complexa, cara e que, bem seqüenciados, podem soar muito bem em vários estilos musicais.
Feito o planejamento e o esqueleto inicial, o ideal é começarmos programando a bateria. Assim, demarcamos as partes da música. Depois, acrescentamos os instrumentos de harmonia funcional, como piano, violão e guitarra. O baixo, neste caso, pode ser feito após a gravação de outro instrumento harmônico. Seqüenciar um baixo eletrônico ou gravar o áudio do baixo elétrico depende do estilo e da conveniência. Em seguida, gravamos a voz principal, os vocais de apoio e, por fim, os solos e efeitos de acabamento.
É natural que, num ambiente com toda essa liberdade, o arranjador experimente à vontade novas idéias para o arranjo. Qualquer pista gravada que não agrade pode ser rapidamente apagada com a tecla delete. As pistas-guia gravadas preliminarmente com a harmonia e a voz vão sendo apagadas à medida que gravamos as versões definitivas desses instrumentos e vozes.
A seguir, editamos todo esse material, tanto as pistas de áudio quanto aquelas com a programação MIDI. Assim, otimizamos as performances instrumentais e vocais, dando um grande realce às interpretações. Trabalhando geralmente num só programa, o produtor tem ali todos os recursos de gravação e processamento do áudio, bem como de seqüenciamento e edição dos eventos MIDI.
A mixagem, em pleno ano dois mil, ainda é melhor realizada numa mesa externa ao computador do que dentro dele. Especialmente pelo fato de que não temos o áudio gravado dos teclados MIDI: eles tocam ao vivo junto com a gravação, sequüenciador e gravador perfeitamente sincronizados num único programa. Trazemos à mesa as saídas da placa de som e do sintetizador. Na mesa, fazemos a mixagem, que vai ser gravada em estéreo no próprio PC.
Passamos à etapa de pré-masterização, com o acabamento final do material estéreo, e gravamos o(s) CD(s) no próprio computador. Com a Internet, podemos ainda divulgar e distribuir o disco. E tiramos quantas cópias quisermos: não dá para piratearmos nossa própria música.
POSTADO POR DJ LCJAY/BLACKSOULFUNK ((•)) Ouça este post
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